sábado, 13 de dezembro de 2008

Aventurina


Vá lá, a esse momento você se pergunta o que diabos faz num blog de nome tão esdrúxulo e títulos de postagens(e até mesmo as próprias) tão, hum... curiosos quanto.
A boa nova é que este aqui é o mais fresco(no sentido de "novo") de todos os posts, nada fora escrito à mão antes, nem no mínimo muito bem planejado. É meramente "escreveu-onamatopéia-a-desejar(eu ia escrever "pá-pum" e notei agora o quão ridículo ficou, tão vendo o problema que dá em fazer isso? você simplesmente não tem escolhas). Ando receosa com cada passo das teclas caminhando(pois é, eu não posso chamá-las de "letras", isto está me saindo muito difícil). Veja isto: Agora; A-g-o-r-a. Ai, mas vou fazê-lo (f-a-z-ê-l-o).
Que seja, pare de debochar e releia o segundo post abaixo deste e tente ser compreensivo com a minha frustração que sinto quando aquelas maluquinhas não me vêem à mente (juro que o matarei se repetir mais uma vez "eu só consigo ver uma maluquinha aqui". Você acha mesmo que não sei ler pensamentos? - e você acha mesmo que não posso ter uma mente assassina em potencial?)

Em suma, pretendo(p-r-e-t-e-n-d-o) fazer um breve texto: falar da Aventurina. Engraçado como se agarrar a alguma crença é acolhedor de alguma forma - não necessariamente como algo grandioso (não estou aqui me baseando em fins religiosos, é só notarem o tom que estou usando), mas algo ínfimo mesmo. Só precisa disto para fazer voltar o que já se transformou em desesperança. Também não digo que é pra se "ter esperança" (neste momento peço que pare de ficar enraivecido por achar que não estou chegando em lugar algum, irei te situar agora). Afinal, esperança nua a crua, só por si só, é um tanto ilusória. Falo por mim, que sou pessimista pra ser uma melhor otimista. Tudo pela saúde da visão mental; da área do que se almeja, pra que já se possa ir construindo o terreno, não dando margem a qualquer probabilidade de erro. Vale pra qualquer ambição, até mesmo "saúde".
Pois bem, pra mim, que andava um tanto desanimada, com a cabeça extraviada para outro plano (quem vive perdendo a cabeça sofre um bocado), só me pus de volta ao eixo por conta de uma pequeniníssima crença... numa pedrinha.

Aventurina: também conhecida como Quartzo verde, alivia o stress, restaura o eqüilíbrio emocional, promove independência e aguça a clareza mental. Ajuda a liberar a ansiedade e o medo. Estimula a criatividade e a inteligência. É excelente para atrair sorte, dinheiro, além de saúde e bem estar.

Faça o experimento: não subestime sua pequeniníssima coisa! Minha mãe não me subestima, muito embora eu tenha 1,56m apenas. E quem não acreditar no que eu falo que jogue a primeira pedra (mas que não seja a minha - vocês não sabem como é difícil pra que eu volte ao eixo...)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

É melhor ser alegre que ser triste... Parte III (Todo carnaval e trilogia têm seu fim)

Salve, salve, bem amigos da Rede Globo!
Se antes não postei por mera preguiça, agora tenho em mãos uma nobre desculpa de andar assaz ocupada para não fazê-lo. Termino aqui a trilogia que já anda enchendo-me o saco na verdade, só o faço com o ímpeto de tornar-me de uma vez uma espécie de conselheira (e a mim mesma, na verdade. Não minto a veridicidade do sentimento nas crônicas), ou de uma nobre pentelha.

"se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se não te agradar, pago-te com um piparote e, adeus"


"CHEGA!": Começo o parágrafo com isto. Por mais visualmente feio que seja, ainda o faço em mente com letras garrafais e um fundo colorido, se puder. Impregno-a aqui com o intuito de usá-la como uma salvaguarda. Dizê-lo como "um monte forte e rígido" mesmo, estou me lixando com o quão tolo isto soa. O grande problema é que ando querendo expurgar-me de algumas sensações que subordinam o meu corpo à constante interação de minhas moléculas que, quanticamente, vagam soltas por aí por vezes. Como sucessora das mesmas, não faço idéia do gênero, das propriedades que possuem e família de seus elementos, mas como forma de evitar a entropia em que vivem, estas vem a mim. Acho que, se este corpo meu fosse uma susbstância única, seria a mais volátil de todas.
"CHEGA!"; não digo que este novo impulso energético químico me confunde de toda minha área axial até minhas ramificações? O que ando querendo que expurgue, sumariamente, é essa racionalidade extrema (que chega a ser pessimismo quando quer - não daqueles suportáveis, mas daqueles intolerantes), que vem se mostrando pedante e impertinente se é isso que você quer saber. Você a quer? Digo, ela me é útil às vezes, já me inspirara até demais. Ora, não se recordam de odes de grandes pensadores à ela? "É preciso o caos frenesi dentro de si para fazer surgir uma estrela". Nietzsche não errara, é preciso sim. Até mesmo a palavra "paixão" em seu sentido literário quer dizer "sofrimento". Chegando a ser respeituoso, nobre até, ter-se o simples ato de sofrer na vida, a fim de melhor exprimir a paixão incessante pela mesma.
Mas peraí, isto é bonito porque é subjetivo? Se passarmos isto para um relacionamento com interações palpáveis e orgânicas, tudo isto não passará de inexperiência, imaturidade; como dizem algumas mulheres (eu digo isto porque mulher parece saber como se relacionar desde sua hora natal, talvez salvo algumas exceções se for tirar por mim, mas não quero falar sobre isso - coisa boa que é ser irracional...)
Voltando ao relacionamento com a vida... o que quero dizer é que a própria vida nos dá uma dica apontando-nos seus submissos casais humaninhos. E convenhamos homens, mulheres ou qualquer animal que estiver aí; sofrer demais nesta vida não seria demonstrar-se apaixonado pela mesma, tampouco não dispomos de todo o tempo do mundo para termos antagonizações em períodos longos (se a desculpa do sofrimento foir a superação posterior). Não esqueçamos que a racionalidade a todo instante funciona como uma roleta russa: no caso de desafortunamento, o tiro aloja-se no encéfalo; apedreja-o.
E aí dói. Dói, pesa e dá sofrimento. E crônico - o que tento taxar como o problema central. E quem há de querer passar o tempo todo por isto com a desculpa de uma paixão por outrem (neste caso, usemos "a vida"; eu que não quero me meter em relacionamentos alheios), há-se de desiludir-se quando perceber que isto não passa da "imaturidade" do conceito feminino, de querer chamar atenção mesmo. E quem quer chamar atenção, é porque não tem, não possui. Logo, quem vive e não possui Vida, vive por misericórdia da mesma.
Sem Nietzsche, por enquanto. Um pouco mais tarde, quem sabe, pra "esquentar a relação", mas fiquemos hoje com a calmaria do velho finado (cometi outro deslize fúnebre?) Vinícius de Moraes: "é melhor ser alegre que ser triste..."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

É melhor ser alegre que ser triste... Parte II (ou Ensaio da Insônia)

Cá estou, como prometido, com o texto que originara o prólogo passado. Elaborado nada mais, nada menos que por Ela - da voz esganiçada e múltipla:

Há vários problemas subversivos quanto ao problema maior de se ser completamente maluco (você deve estar achando estranho uma pessoa aparentemente sensata ser maluca completamente, mas ao fim do texto explicarei isto)
Um dos grandes problemas é a insônia. Não vou dizer que é constante, mas ela tem lá sua teimosia em ser invencível quando aparece e ser impertinente quanto à data que aparece. “a data”? você se pergunta agora. “sim” digo-lhe, porque ela sempre acorda mais cedo do que eu quando sou eu que tenho que acordar cedo (ora, eu não sou vagabunda, não estou assim à toa)
O segundo problema é aquela coisa matemática que ela tem. Eu digo “matemática”, meu leitor, porque esta é uma ciência exata. Não sei exatamente pra quem (porque ninguém conhece exatamente este mundo), mas ela o é. Então assim acho que funciona minha loucura: matematicamente, como uma ciência. Mas como fui eu que criei, também sou o ponto de referência para ela, logo, ela me é verdadeiramente exata. Isso tem sido um problema porque todas as coisas da vida são devidamente analisadas e confiscadas por esta minha ciência exata, portanto, só acreditarei em algo se minha loucura afirmar que há nexo nisto.
O terceiro problema são as vozes intrínsecas (tudo bem, eu bem sei que todos vocês também as têm, mas não saiam de seus assentos ou esbugalhem os olhos por isto – vocês são completamente normais, palavra de maluco!) É que este problema na verdade é uma correção do primeiro. Insônia nunca é causa, é conseqüência. E aqui entramos com as vozes – a causa – que são muito fortes e distintas entre si, aliás. Mas com uma interseção entre todas: são bagunceiras, atrevidas e folgadas! Exigem de mim uma organização, uma métrica, toda maldita vez que me aparecem! Aliás, se interrompi o que seria o meu bendito sono e aqui estou com meus olhos vidrados, é meramente culpa delas, já que eu sou aparentemente normal.
O quarto problema é o cansaço. Há-se um cansaço enorme, principalmente para aqueles que tem a loucura do mesmo tipo que a minha. Isso lhes explicarei agora no que considerarei o quinto e último problema – que percebo agora ser também o pior de todos – que é quando se é maluco completamente. E ser assim é bem fácil, basta haver a percepção dos sintomas, mas se fazer completamente sensato (como se alguém lá soubesse o que é isso) perante Todos – concedi propositalmente ao “T” essa postura de maiúsculo e lhe explicarei agora: é que Todos são como as vozes, distintos entre si, mas com uma interseção entre si: a falsa sensatez. E quem nega o que não é sensato a Todos, essa maluquice na identidade, se é ainda mais insensato. Ou seja, completamente maluco. E disto, nem eu escapo, já que estamos juntos nessa, sociedade!
Por fim, acho que as vozes estão se acalmando, se tolerando uma a outra (já comentei que às vezes elas discutem?) e coisa mais sensata agora é dizer que não acho exatidão alguma neste texto e que certamente me cansará quando eu o ler.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

É melhor ser alegre que ser triste...


"Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não"

A prova de que coração bate ritmicamente com inspiração é que o efeito é algo bem orgânico, facinho de se sentir e explicado fisiologicamente: Uma taquicardia aqui, uma lentidão do metabolismo acolá. O meu nesse exato momento tem um teor de samba, porque sei bem o efeito da endorfina correndo (exercitar a mente gasta tanta energia quanto minha irmã gasta nesse momento agarrando uma bola de handeball, e é prazerosamente bom igual no final).

Percebo agora que a Inspiração(eu sempre uso uma palavra maiúscula quando quero falar dela posteriormente e não quero repeti-la o tempo todo, porque isso desgasta a conversa e tenho uma preocupação em ser ao menos interativa, já que não sou sempre tão clara) foi se esvaindo enquanto não aproveitei. Coisa mimada que ela é. E se percebo algo também é que não tem jeito, ela nunca parte de um lugar só. Me irrita essa poligamia dela, ambição... sei lá que nome dar a essa coisa dela de querer extrair tudo de todos e do tudo. Me irrita às vezes fazer tanta coisa em função dessa Ela que é assim tão inanimada mas onipotente sobre mim. É porque tenho um relacionamento com Ela, é sempre assim, sempre a espero, Ela sempre confirma vinda e me decepciona na hora H.Só pode ser quando ela quer, ela é infantil demais, sabe. Sempre quer muito tarde da noite, eu geralmente tenho algo a fazer na manhã seguinte, mas ela não liga, grita ao pé do meu ouvido suas idéias, esganiça com aquela voz dela em milhares de tons diferentes. Isso me aconteceu dia desses inclusive, e será o próximo relato que falarei a seguir, acho que só quis fazer disto aqui um presságio, uma apresentação. Uma preparação, talvez.

À proprósito, deixa eu explicar porque o título não bate com o resto do texto: tudo culpa dela novamente. Cá estou aqui, às 16h como combinado, e (mais uma vez) ela me falta bem na hora H!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Antes de tudo: as preliminares...


Coisa boa que é criar um blog. Sei o bem que só é bom a mim, ninguém aguenta mais meio metro de texto que eu insisto em meter as caras por aí. Mas acontece, vai que eu goste da coisa?! A gente nunca sabe, daí é que vem o "adote um vira-lata", vai que a gente acaba se apegando ao pobre canino sem pedigree? Parto então desta metáfora o princípio da criação do meu blog. Vai que eu ou vocês gostem da coisa cá sem pedigree.

Tudo bem, mentira minha. "adote um vira-lata" é a camisa que visto neste momento e não me surgiu nada mais criativo do que isto em mente. Mas enfim...

É com você, Fátima!